Nas Olimpíadas, La Cruz pode se tornar um dos maiores pugilistas do esporte

Bicampeão olímpico, o cubano Julio Cesar La Cruz vai a Paris em busca do terceiro ouro

Existem algumas pessoas que já nasceram predestinadas a brilharem na vida. Seja na música, na dança, na arte ou no cinema, alguns indivíduos alcançam tamanho destaque que conseguem entrar no chamado “Olimpo”, marcando seus respectivos nomes na História e sendo reconhecidos como os maiores. Nos esportes, isso, obviamente, também acontece. E vive acontecendo. Este foi o caso de Julio Cesar La Cruz. Conhecido como “La Sombra”, ele nasceu na cidade cubana de Camaguey e se apaixonou pelo boxe logo aos seis anos.

História que poderia terminar em tragédia se torna exemplo de superação

Multicampeão, La Cruz iniciou a carreira participando e ganhando alguns torneios regionais de Cuba. Sua ascensão foi meteórica e, além das duas medalhas olímpicas mencionadas, conquistou também vários Campeonatos Mundiais (2011, 2013, 2015, 2017 e 2021) e Jogos Pan-Americanos (2011, 2015, 2019 e 2023). Com uma carreira invejável, “La Sombra” já é uma lenda reconhecida pelo mundo todo na “nobre arte”.

Porém, apesar das Olimpíadas, uma história chama ainda mais a atenção para a vida de Julio. Em 4 de janeiro de 2014, ao sair de um centro recreativo de sua cidade natal, o pugilista foi baleado e ficou meses hospitalizado. Após uma lenta recuperação, Julio se mostrou um exemplo de resiliência e foi participar do Campeonato Mundial de 2015, sediado em Doha. Todos estavam receosos com o cubano, mas não estavam preparados para o que estava por vir, já que ele conseguiu conquistar o ouro de forma heroica.


Julio Cesar La Cruz conquistando a medalha de ouro na última edição das Olimpíadas. (Reprodução/X: @ATokkers5)

Trajetória nas Olimpíadas

A história de amor entre La Cruz e os Jogos Olímpicos começou na edição de Londres, em 2012. No entanto, diferente do que se possa pensar, ele não teve um bom começo, já que foi derrotado nas quartas de final pelo brasileiro Yamaguchi Falcão, irmão de Esquiva.

Ao chegar na Rio 2016, Julio estava pronto para se redimir, e acabou conquistando o seu primeiro ouro olímpico, na categoria meio-pesado. E se não bastasse um ouro, 4 anos depois, o cubano foi para Tóquio e levou outra medalha para casa, ganhando destaque mundial. 

Vencedor dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e de Tóquio, em 2020, o bicampeão agora vai a Paris em busca de se tornar um dos maiores pugilistas do mundo. E que lugar mais apropriado para entrar no Olimpo do que nas Olimpíadas, não é mesmo?

Foto Destaque: Julio La Cruz comemorando a classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Reprodução/X: @KatiBaez22

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